quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

venha_aa_minha_festa

Y mandou invadir o artifício sombrio
deixando-o em luz. 

Assim que o primeiro anjo caiu
dentro daquele quarto,
por um furo medíocre de uma parede,
vida que construiu
com as coisas que foram construídas a ele
por um tempo imoral e malévolo. 

Não só pelo Sol,
mas por seu grito:
um nome que se deformava no som
e se repetia em uma longa e única extensão.

Não o viu.
Ele deveria já estar acordado.

Y ainda machucava seus olhos daquela primeira hora;
da floresta que rodeava aquele casebre,
parecia um mar aberto.

De forma mista
um tipo de tempestade marinha
não tinham agilidade alguma,
ou qualquer outra lei artificial. 

Y contra a luz do Sol que nascia, como se ele
em si fizesse parte da aurora
e da paisagem do nascimento.

Quer um pouco?

Engolidos pela multidão das árvores
em sua reunião envelhecida
no meio dos seus lábio superior e inferior,
contraindo-os, subsequente de um sorriso.

Ele fazia o próprio caminho
e eu o acompanhava.

A respiração dEle
y os pássaros anunciando a manhã;
y a floresta parecia virgem. 

Dormiu bem?

Olhando nos olhos
despercebidos,
azul escuro,
olhou para baixo
por um segundo. 

Era uma anunciação,
subiu novamente sua cabeça,
viu uma cachoeira escondida na...

Pela primeira vez naquele dia,
olhou nos olhos y riu abertamente
como um convite.

Vi Ele nascendo nas águas,
submergindo após ser abduzido a elas
um mar revoltado ou um oceano inteiro em fúria. 

Atingiu até os dedos
que ficaram trêmulos. 

Submersos em água doce,
deu lugar à imersão. 

A
imersão deu lugar à reflexão.

Era agressivo
e infantil,

Y eu retribuía
reciprocamente;
como se fosse a única coisa lógica a fazer.

É um fato conhecido que
Afrodite compartilhava
um romance ilegal com
Ares.

Cuzão!

Me sentia em casa
y se sentia
si mesmo. 

Que foi pedida
y foi recebida.

Nunca se viu como uma pessoa boa.
Talvez por nunca alguém ter visto a si mesmo como uma pessoa.  

Ele me viu por completo.
Eu já o olhava a eras. 

Pararam de soar
o som dos ventos,
atentas à paisagem dos homens.

Deixaram de anunciar a manhã que já se foi;
era tão única y quase invisível
emitiam a mesma onda quando abraçava.

Era pouco mais alto
o magnetismo mágiko
y foram se encontrando
molhados de água doce.

Y foi virando tempestade.
Y foi ficando agressivo,
a segurou como um presente.

Eros abençoava
suas próprias salivas
no coração da floresta
roubada por bruxos.

Como se fosse um segredo sendo contado:
o gemido o olhava com uma fúria prazerosa e atuada. 

Y todo seu corpo saiu da água.
Quando obedeci os movimento do seu braço
do êxtase sodomita y pensamentos de suicídio sexual.
Y todo seu corpo saiu água.

Y era arte,
do mais nobre museu
como um coro angelical
dos anjos perdidos
na escuridão da casa mal-assombrada,
pois eram apaixonadosa pelo prazer.

Ao esplendor extraterrestre
do pecado sagrado no qual ele amou
como um cristão aceita o santo vinho. 

Y ele ficou
deitou sua cabeça no peito
colocou os braços atrás
apoiou sua mão em seu ombro
y depois ficou lá.

Era treva definitiva e final
ao ciano que crescia e brilhava. 

Mas as estrelas não estavam no céu
y o ciclo se repetiu duzentas vezes até cessar;
por quatrocentos e setenta e um séculos,
sentiu-o. 

O Sol virou outra coisa:
maior que todo o espaço observável
magro,
esguio,
pálido,
sem olhos,
com longos braços desproporcionais,
remixado,
distorcido,
sem início ou fim,
grave e ímpeto,
cru e artificial.
Sentiu seu corpo sendo seu corpo,
e logo após corpo nenhum.

E o invasor abriu olhos que não eram deles.
Sorriu com uma boca que não lhe pertencia.
Acessou uma memória alienígena.
Acordou em um corpo vendido ao Diabo.
 

Demonstrou um sorriso inocente
as suas eras das trevas.

r

(...).
(...) delicado se sentava.
(...) se sentava entre uma pilhas de pontas de cigarro
de maconha
e uma carrinha.

Apoiando seus braços frágeis no chão
QUENTE de madeira podre y viva.

(...) olhava fixamente a um
espectro.

Ouviu e viu.
Assim (...) ouviu e viu.

Oceano verde
nos burbúrios de um novo mundo.

A Flor
y algumas outras flores.

Haijime Sorayama
y sua tempestade solar canibal.

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Louise.